A cura do cego
No Evangelho, o cego é o único
dentre a multidão, a reconhecer Jesus como o Messias, como o Redentor, como o
Senhor. Sua caminhada de fé é feita aos poucos. Primeiro ele pede a cura para
sua deficiência visual. Após a cura física, ele vai proclamando que foi Jesus
quem o curou. Isso causa problemas com os sacerdotes e ministros religiosos. O
cego não tem dúvidas e dasfia os poderosos que o expulsam da comunidade.
Ao
encontrar Jesus, aquele que fora cego faz sua caminhada de fé, ajoelhando-se e
proclamando Jesus como Senhor.
A
reação de Cristo, diante do confronto do ex-cego com a liderança religiosa e a
multidão, faz o registro das duas cegueiras, a física e a espiritual. “Se vocês
fossem cegos não teriam pecado. Mas como dizem que enxergam, o seu pecado
permanece”, diz para as lideranças. Pecado é permanecer na escravidão de
convicções antigas que não libertam, é não procurar a verdade e não se abrir a
ela, é não reconhecer em Jesus de Nazaré, a luz que veio ao mundo.
É
sobre a luz de Jesus, o texto da Carta de Paulo aos Efésios. Pelo batismo fomos
iluminados pela luz de Cristo. Deixemo-nos iluminar por ela. O fruto dessa luz
chama-se bondade, justiça, verdade.
A
fé é a iluminação que faz ver.
O
ser humano corre o risco de fazer escolhas segundo as aparências. O episódio do
cego nos confirmou esse risco, quando os mestres da Lei rejeitaram o testemunho
dele e o expulsaram. São Paulo falou-nos que Cristo é Luz e ilumina a nós, os
batizados.
Na história bíblica a seguir, o
Mestre nos dá uma resposta diferente ao curar um homem que era cego de
nascença.
1 Ao passar, Jesus viu um cego
de nascença. 2 Seus discípulos lhe perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem
ou seus pais, para que ele nascesse cego?”
3 Disse Jesus: Nem ele nem seus
pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na
vida dele. 4 Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A
noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar.
5 Enquanto estou no mundo, sou
a luz do mundo.
6 Tendo dito isso, cuspiu no
chão, misturou terra com saliva e aplicou-a aos olhos do homem.
7 Então lhe disse: “Vá lavar-se
no tanque de Siloé” (que significa “enviado” ). O homem foi, lavou-se e voltou
vendo.
8 Seus vizinhos e os que
anteriormente o tinham visto mendigando perguntaram: “Não é este o mesmo homem
que costumava ficar sentado, mendigando?”
9 Alguns afirmavam que era ele.
Outros diziam: “Não, apenas se parece com ele”. Mas ele próprio insistia: “Sou
eu mesmo”. 10 “Então, como foram abertos os seus olhos?”, interrogaram-no eles.
11 Ele respondeu: “O homem
chamado Jesus misturou terra com saliva, colocou-a nos meus olhos e me disse
que fosse lavar-me em Siloé. Fui, lavei-me, e agora vejo”. 12 Eles lhe
perguntaram: “Onde está esse homem?” “Não sei”, disse ele. João 9
Deus, por ser Soberano, não
está preso ao tempo ou espaço, sendo assim, ele já sabia quais seriam as
pessoas que, mesmo no sofrimento, glorificariam o Seu nome.
Jesus respondeu aos seus
discípulos com evidências que comprovam a sua tese: Nem ele nem seus pais
pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida
dele.
Da mesma forma que Jesus curou
o cego, Ele também pode nos curar dos temores emocionais e físicos, ou talvez
prefira não curar. 8 “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês,
nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor. Isaias 55
Independente de curar ou não,
nosso dever é descansar em Sua graça. O nosso desafio é
encontrar conforto
sabendo que mesmo em meio as trevas, Ele é a luz do mundo.
Certa vez, Guilherme Praxedes
falou sobre esse texto e relacionou três atitudes que simplificam o nosso
relacionamento com Deus:
1- Compreender que Jesus sempre
nos vê primeiro.
2- Ter uma visão correta dos
ensinos de Jesus.
3- Fazer o que Jesus pede: obedecer!